segunda-feira, 5 de maio de 2008

In-coerências

Faltam-me as forças. O cansaço envolve-me e invade os meandros do pensamento, impossibilitando que este se mova, que pule e avance... estanque, imóvel e endurecido. Tomara eu conseguir não pensar nisso...podia ser que as coisas se invertessem...
Não é falta de vontade, é algo diferente. Inércia. Incredubilidade face à passagem do tempo e dos dias. Já estamos tão perto...falta menos de um mês para a maratona da época de exames. E eu não estou minimamente preparada. Muitos trabalhos, muitas coisas menores que me ocuparam o tempo.

Tenho que ser forte e arranjar as forças que me faltam. Criá-las do vácuo, se for caso disso.
Acima de tudo, não me deixar arrebatar pela falta de confiança em mim e nas minhas capacidades. Pois...se eu não confiar em mim... quem confiará?

A Queima chega e o Grilinho Falante do Pinóquio diz "Eu bem te avisei que o tempo depressa passa."

sexta-feira, 14 de março de 2008

Hace ano y medio

Assim tem sido desde tempos imemoriais (vá...desde há ano e meio para cá), um chove-não molha incessante e insane. Olhas para mim, fixamente,



como quem quer reter cada particula infinitesimal de essência contida num gesto, num olhar, num passo dado
(não julgues que não reparei ainda)



e eu procuro desviar o olhar
para que não percebas que eu sei que tu sabes (não sei o quê? aquilo?...sim...aquilo.)
para que não julgues prematuro,impensado ou, quem sabe, mero jogo qualquer comportamento que eu tenha perante a tua presença.
(intermitente, porém marcante, não te veja eu por um dia ou um mês...sempre a tua imagem a última na minha retina ao deitar e a primeira ao acordar. (FAZ COM QUE PARE!)


a questão é...quem quebrará o gelo primeiro...tu...ou eu?

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Memória

Memória traiçoeira, a minha. Mesmo quando julgava ter recalcado certos acontecimentos, certos dias, certos alguéns...bumba!...eis que tudo surge de novo. Como uma vaga mais forte que embate na fina areia dos dias que se enrola no mar do pensamento e que supera o estado de acalmia que estava estabelecido nos passados meses. Tudo com o simples vislumbrar de algo remotamente a ele ligado. Um carro, uma matrícula que teima em persistir na memória ainda que o meu consciente tenha feito tudo ao seu alcance para a dissipar. Um nome que pisca no ecrã do telemóvel a horas impróprias, anunciando uma série de noites mal dormidas porque o equilibrio emocional foi perturbado. Um mero "Oi, tudo bem?" que interpretamos como sendo mais do que isso. Uma série de conjecturas colocadas. Para, afinal, não ser nada.

Estou cansada. Não apenas fisicamente, mas cansada de ti.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

"Security"- a música certa, no momento certo.



A loss that would have thrown a hole through anybody's soul
And you were only human after all
So don't hold back the tears my dear
Release them so your eyes can clear
I know that you will rise again, but you gotta let them fall


I wish that I could snap my fingers, erase the past but no
You cannot rewind reality once the tape's unrolled




If your spirit's broken and you can't bear the pain
I will help you put the pieces back a little more each day
And if your heart is locked and you can't find the key...
Lay your head upon my shoulder
I'll set you free, I'll be your security




A moment of despair
That forces you to say that life's unfair
It makes you scared of what tomorrow may bring but don't go giving into fear
Stop hiding all alone in there...The show keeps going on and on
But you'll miss the whole damn thing.




I wish I had a crystal ball to see what the future holds
But we don't know how the story ends till it's all been told




On any clock upon the wall the time is always now
So baby kiss the past goodbye
Don't let the future blow your mind
Just sit back and chill, take things as they come
You can't be afraid to live for today

domingo, 23 de dezembro de 2007

Defina LIBERDADE.

É uma pergunta um tanto paradoxal, a que nos pede para caracterizar o incaracterizável, para delimitar o que não tem barreiras. Quando pensamos em liberdade, pensamos na ausência de algo que nos prenda ao presente. Na inexistência de muros espaciais ou temporais, que nos permitisse estar onde quisessemos, pelo tempo que desejássemos. Para uns, liberdade seria destruir uma parede e passar para o outro lado. Para outros, um simples estancar do tempo num instante concreto que nos permitisse ganhar alguns momentos para nós próprios na selva frenética que é a rotina diária.

O que me fascina na ideia de liberdade é isso mesmo...liberdade é, tão somente, ficção. Porque, sejamos honestos, a liberdade de que dispomos não é absoluta, em virtude de condicionalismos legais. morais, temporais e tantos mais, que vão reduzindo o caudal a essa liberdade de tal forma que o abundante fluxo inicial se resume a um fiozinho no fim. E depois...esse fiozinho inicial, essa sensação primeira de liberdade nunca se repete. Tal como o efeito produzido pela primeira vez que experimentamos algo, jamais se atinge similarmente. Incessantemente, buscamos essa pureza de outros tempos, mas nunca a encontramos. Nessa busca, ficamos presos à nossa concepção de liberdade de forma irremediável. Pensamos que somos livres, mas não somos. A nossa própria mente coloca-nos entraves a essa liberdade. É preciso contornar esse facto.

sábado, 22 de dezembro de 2007

OH, MY DOG...

Eu e a minha visão particular sobre...O NATAL.

Alguém me disse outrora (penso que foste tu, naquela noite cerrada de Novembro, mas não estou certa disso) que o estado de euforia inicial com que eu bradava, contra ventos e tempestades, as semanas incontáveis e sucessivas de permanência na cidade de vício, tradição, e educação para a vida que é, afinal, Coimbra, cedo se desvaneceriam para dar lugar às semanas em que mataria para passar um final de semana sossegado em casa, com a familia, rodeada dos que mais me querem bem. Nessa noite escura, apesar de não o ter mostrado, ri-me. Pensei como seria possivel que, após anos de clausura, abandonada à minha sorte numa urbe que tanto desvia para bons como para maus caminhos, sentisse esse ímpeto de retorno ao lar, alguma vez.
Ainda para mais, tendo vindo a afirmação de quem veio, como lhe daria eu crédito?

Mas tinhas razão. Não naquele momento, mas agora. Não num fim-de-semana comum, mero interregno entre duas semanas de "estudo", mas agora, que se aproxima o Natal. Que antecipo mentalmente a reunião dos familiares, a ceia em redor da mesa colocada para a ocasião, até mesmo os presentes. Escolhidos com um tamanho sentimento de dádiva e altruismo nos dias que correm, mais árduos para uns do que para outros, que é impossivel ficar-se indiferente à época. O Natal é isto. Não as decorações parolas e as músicas que qualquer um trauteia num elevador de centro comercial, não é a aurade consumismo economicista implantada por via de marketing e franchisings a cada passo dado. É a reflexão que nos impõe. A lágrima, o beijo, o sorriso de uma criança quando rasga o papel de embrulho. Aqueles pequenos momentos que nos aquecem o coração, gélido a maior parte do ano.

A todos, um Feliz Natal. :)