sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Memória

Memória traiçoeira, a minha. Mesmo quando julgava ter recalcado certos acontecimentos, certos dias, certos alguéns...bumba!...eis que tudo surge de novo. Como uma vaga mais forte que embate na fina areia dos dias que se enrola no mar do pensamento e que supera o estado de acalmia que estava estabelecido nos passados meses. Tudo com o simples vislumbrar de algo remotamente a ele ligado. Um carro, uma matrícula que teima em persistir na memória ainda que o meu consciente tenha feito tudo ao seu alcance para a dissipar. Um nome que pisca no ecrã do telemóvel a horas impróprias, anunciando uma série de noites mal dormidas porque o equilibrio emocional foi perturbado. Um mero "Oi, tudo bem?" que interpretamos como sendo mais do que isso. Uma série de conjecturas colocadas. Para, afinal, não ser nada.

Estou cansada. Não apenas fisicamente, mas cansada de ti.